Com texto de Arthur
Miller, direção de Luiz Villaça e elenco formado por Ary França, Lavínia
Pannunzio, Samya Pascotto, Fábio Nassar, Ju Colombo e Paula Ravache, comédia
dramática traz uma visão sobre amor, fidelidade e ambição. Dias 16 e 17 de
agosto, no Teatro Bradesco
É possível ser fiel a si mesmo e aos
outros? Lyman Felt, interpretado por Ary França, sofreu um acidente de carro
que quase lhe tirou a vida quando descia a estrada do Monte Morgan. Felt
representa o ideal homem vencedor, que aparentemente conquistou tudo: uma
invejável auto-estima, uma próspera empresa, dois filhos que o adoram e duas
esposas. Como Lyman em seu acidente, os eficazes mundos paralelos que ele havia
construído desabam. Esse é o ponto de partida para o enredo da comédia
dramática “A Descida do Monte Morgan”,
texto inédito do dramaturgo norte-americano, Arthur Miller e segunda direção
teatral do cineasta Luiz Villaça (que estreou com “Sem Pensar” em 2011, eleito
Melhor Espetáculo de Comédia pelo voto popular no Prêmio Contigo!), que chega a
Belo Horizonte, para duas apresentações no Teatro Bradesco, dias 16 e 17 de
agosto, sexta e sábado.
Com elenco formado por Ary França, Lavínia
Pannunzio, Samya Pascotto, Fábio Nassar, Ju Colombo e Paula Ravache, comédia dramática trata de amor, fidelidade e
ambição, com diálogos regados de humor, que refletem, com lucidez implacável, o
fim de um sonho.
Ary França vive o apaixonante e dividido
Lyman Felt, um homem de sucesso, bígamo, filho de judeus e albaneses, que
conseguiu fundar sua própria empresa de seguros e tornar-se um dos homens mais
respeitados dos Estados Unidos. Fiel a seus sentimentos única e exclusivamente,
Lyman envolve suas duas mulheres, interpretadas por Lavínia Pannunzio e Samya
Pascotto numa vida de mentiras. No entanto, a peça não trata apenas de uma
típica história de triângulo amoroso, tampouco um questionamento moral sobre
monogamia e bigamia. Vai além dos questionamentos plausíveis de uma traição.
A montagem de Villaça envolve o espectador
numa história eletrizante, onde as personagens transitam por estados, emoções e
tempos de uma réplica a outra, resultando num jogo ágil e teatral por
excelência. O cenário instigante, criado
por Márcio Medina e a ousada criação de luz de Wagner Freire reforçam e
salientam a proposta do diretor. A trilha de Fernanda Maia acompanha o conjunto
com precisas intervenções.
Com muito humor, o autor tece esse
emaranhado de sentimentos e relações que misturam diversos conceitos e
preconceitos sociais, sentimentos díspares e ambíguos, fazendo com que, como as
personagens, o público também se questione: consigo ser fiel ao que sinto e
penso sem magoar os outros ou soar como mero arrogante egoísta? Como equacionar
a resposta correta? Talvez seja só um ponto de vista.
Miller já tinha 76 anos quando escreveu A
Descida de Monte Morgan (estreou em 1991, mas permanece inédito no Brasil), e o
resultado parece afirmar um individualismo ao extremo, ao ponto de não perceber
os efeitos colaterais que esse tipo de comportamento causa, questionando a
responsabilidade social de cada homem.
Críticas da imprensa:
“…Preste atenção em como a peça transcende o lugar-comum do triângulo
amoroso e da bigamia, ao descontruir um protagonista apaixonante e dividido,
aqui nas mãos de um grande comediante como Ary França.” Valmir
Santos – Revista Bravo!
*** Eleita entre as
Melhores peças em cartaz pela Veja SP.
" ... Um
grande texto, provocativo e de profunda reflexão, ganha uma leitura de desenho
leve e não menos saboroso." Dirceu Alves Jr - Veja SP
"
Surpreenda-se. Vá ao teatro". Salomão Schvartzman - Band News
" ...Existe humor, mas cada riso tem um travo
amargo. O imbróglio conjugal abre caminho para questionamentos existenciais.
Perguntas que o dramaturgo norte-americano faz questão de não responder:
como seguir o próprio desejo sem nublar o desejo de quem está ao
redor?..." Maria Eugênia de Menezes – Estadão
FICHA
TÉCNICA
Texto: Arthur Miller/ Tradução: Rodrigo
Haddad / Direção Geral: Luiz Villaça / Elenco: Ary França (Lyman Felt) |
Lavínia Pannunzio (Theodora Felt) | Samya Pascotto (Leah Felt) | Fábio Nassar
(Tom Wilson) | Jú Colombo (Enfermeira Logan) | Paula Ravache (Bessie) / Cenografia
e Figurinos: Márcio Medina | Iluminação: Wagner Freire | Trilha Sonora:
Fernanda Maia | Visagismo: Simone Batata | Fotografia: João Caldas e Willy
Biondani | Programação visual: Rodolfo Rezende | Assistente de Direção: Kauê
Telolli | Coordenação Financeira: Argemiro Meirelles | Direção de Produção: José
Maria e Denise Fraga / Produção e Realização: Nia Teatro / Patrocínio: Porto
Seguro / Produção Local: Rubim Produções
Este Projeto foi realizado com o apoio da
Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal,
Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Programa de Ação
Cultural 2012.
SERVIÇO
“A
Descida do Monte Morgan”
Duração: 100 minutos
Recomendação: 14 anos
Gênero: comédia dramática
Dias/Horários: 16 e 17 de agosto,
sexta-feira e sábado, às 21h
Local: Teatro Bradesco – Rua da Bahia 2244, Lourdes (613 lugares)
Valor dos ingressos: R$ 50,00 inteira e R$
25,00 (meia entrada conforme previsto em Lei)
Informações: (31) 35161027 / 3282.5420
Informações
para a imprensa:
AB
Comunicação – Jozane Faleiro (31) 88280906 / 92046367 / 32611501 –
jozane@ab.inf.br
Arthur
Miller (1915-2005), dramaturgo
Considerado o maior dramaturgo do século XX
pelo Royal National Theatre, sua figura e obra sempre estiveram associadas à
ousadia, à ruptura e à forte crítica ao modelo social americano vigente. Sempre
preocupado com o papel do homem na sociedade em que vive, seus textos sempre
apresentam personagens que, com suas tragédias pessoais, apresentam um retrato
fiel, irônico e desencantado de seu tempo. Seu primeiro sucesso é o romance
Focus, de 1945, que trata do anti- semitismo. Em 1949, escreve sua peça mais
importante, “Morte de um Caixeiro Viajante”, que recebe o Prêmio Pulitzer e
três Prêmios Tony, bem como o prêmio do Círculo de Críticos de Teatro de Nova
Iorque. Foi a primeira peça a conseguir os três simultaneamente. Criou e escreveu mais de 30 peças teatrais,
entre elas: “As Bruxas de Salém”, “Depois da Queda”, “O Preço”. “A descida do Monte Morgan” foi escrita em
1991 e permanece inédita no Brasil. Muitos estudiosos consideram esta obra uma
síntese formal e temática de toda produção de Miller. Apresenta os aspectos
sócio-culturais americanos das décadas de 80 e 90, os quais refletem diretamente
nas escolhas e forma de organização social que vivemos hoje. O entendimento e
crítica de Miller à prática consumista como símbolo de sucesso,
respeitabilidade e inclusão, tão difundidos pela sociedade americana nos anos
80 são indispensáveis para compreensão da sociedade contemporânea.
Luiz
Villaça, diretor
É diretor, autor e produtor de cinema,
teatro e TV. No cinema, dirigiu e roteirizou os filmes “Por Trás do Pano”,
“Cristina quer Casar” e seu último longa – metragem “O Contador de Histórias”
estreou em 2009. Na TV, criou e dirigiu vários projetos para a TV Globo, dos
quais se destacam “Retrato Falado”, “Te quiero America” e “Norma”. Em 2011
estreou na direção teatral com a peça “Sem Pensar” de Anya Reiss, em turnê pelo
Brasil. Atualmente dirige seu novo seriado para a GNT, “Três Teresas”.
Ary França, ator
Ator e
diretor, participou de importantes grupos teatrais de São Paulo, entre eles Pod
Minoga, de Naum
Alves de Souza; do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), de Antunes
Filho e do Ornitorrinco, de Cacá Rosset. Com este, ganhou o Prêmio Apetesp
de melhor ator coadjuvante por seu trabalho em "Sonho de uma Noite de
Verão", de Shakespeare. Atuou em importantes montagens teatrais, como “O
Doente Imaginário”, de Moliére, “A Alma Boa de Setsuan”, de B. Brecht e
“Ricardo III” de W. Shakespeare.
No
cinema, está no elenco de "Amor & Cia.", de Helvécio Ratton, e
"Durval Discos", de Ana Muylaert, entre outros filmes. Na televisão,
participou das novelas "Andando nas Nuvens", "Chocolate com
Pimenta”, "Escrito nas Estrelas" e “Som e Fúria”.
Lavínia
Pannunzio, atriz
Atriz e diretora, recebeu o Prêmio APCA
2011 por sua atuação nos espetáculos A SERPENTE NO JARDIM, de Alan Ayckbourn,
direção de Alexandre Tenório e A BILHA QUEBRADA, de H. Von Kleist, direção de
Márcio Aurélio, além da indicação ao Prêmio Shell 2011 pelos mesmos trabalhos e
indicação ao Prêmio Mambembe. Em seus últimos trabalhos constam ainda UM VERÃO
FAMILIAR, de João Fábio Cabral, direção Eric Lenate, com o qual ganhou o Prêmio
Shell 2012; ILUSÃO CÔMICA, de Pierre Corneille, direção Márcio Aurélio,
ESTRANHO CASAL, de Neil Simon, direção Celso Nunes; HONEY, de Shelagh Delaney,
direção Fernanda d’Umbra; SOLTANDO OS CACHORROS, escrito por Rodrigo Murat.
HOMEM SEM RUMO, de Arne Lygre, direção de Roberto Alvim.
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