Teatro em Movimento
traz a BH o musical que narra um dos momentos mais marcantes do futebol e da
nossa história para os brasileiros, quando o Brasil venceu pela primeira vez
uma Copa do Mundo. Uma oportunidade para o público reviver o período e já
entrar no ‘clima’ para os jogos de 2014
Espetáculo é uma
comédia musical inspirada no livro do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos,
com roteiro e direção André Paes Leme. No elenco estão Andrea Veiga, Bianca
Byington, Daniela Fontan, Diego de Abreu, Leandro Castilho e Mateus Lima. Dias
17 e 18 de maio, no Teatro SESIMINAS, em Belo Horizonte
Foi tudo tão intenso no Brasil daqueles 365
dias que o livro feito para contar essa história ganhou o seguinte título: “Feliz
1958 – O ano que não devia terminar”. E não terminou. O livro do jornalista
Joaquim Ferreira dos Santos, best-seller no final da década de 1990, inspira a
comédia musical “1958 – A Bossa do Mundo é Nossa!”, dirigido por André Paes
Leme, que passou por BH e fez homenagem ao escritor Bartolomeu Campos de
Queirós, ao dirigir “Por Parte de Pai”, com Nathália Marçal. A montagem foi concebida pela Sarau Agência,
de Andréa Alves, e da AVeiga, da atriz Andrea Veiga, que integra o elenco. Paes
Leme é antigo parceiro da produtora, que vem se especializando em musicais made
in Brazil, sendo o premiado “Gonzagão- a Lenda” o mais recente, trazido à
capital mineira no ano passado.
É nesta vibração que o projeto Teatro em
Movimento e o SESIMINAS convidam a todos para se prepararem para a Copa do
Mundo, trazendo à capital mineira toda a alegria que contagiou os brasileiros em
58. No palco do Teatro SESIMINAS, seis experientes atores de musicais - Bianca
Byington, Daniela Fontan, Andrea Veiga, Diego de Abreu, Leandro Castilho e
Mateus Lima conduzirá o público a uma viagem no tempo, dias 17 e 18 de maio, sábado
e domingo.
O
Teatro em Movimento, recentemente, recebeu o patrocínio do Itaú e manteve o seu
fiel parceiro, o Instituto Unimed-BH. Além disso, nessa temporada, retoma sua
parceria com o SESIMINAS, que também compõe o quadro de investidores. Todo o
projeto é viabilizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O livro que inspirou essa montagem foi lançado
em 1997, e o autor já não se preocupava com a cronologia e era dividido por
temas, como “Misses”, “As certinhas do Lalau” e “As dez mais elegantes”, para
ficar só nos capítulos dedicados à beleza feminina. O diretor André Paes Leme
espalhou os assuntos por seis ciclos, que são balizados pelos sete gols da
final da Copa do Mundo, a primeira vencida pelo Brasil (5 a 2, contra a
anfitriã Suécia) e que nos afastou do que Nelson Rodrigues chamava de “complexo
de vira-latas” – consequência da derrota no Maracanã, oito anos antes, para o
Uruguai. “É uma comédia musical, um espetáculo de variedades em que os quadros
se sucedem”, explica o diretor. “Vamos passando por vários assuntos, como a
bossa nova, os concursos de misses, a construção de Brasília, a juventude
transviada e outros.”
Em 1958, João Gilberto lançou o compacto de
“Chega de saudade”; Adalgisa Colombo foi eleita Miss Brasil e ficou em segundo
lugar no concurso de Miss Universo; as obras da nova capital do país avançaram
com rapidez no planalto central; João XXIII sagrou-se Papa; e James Dean deu as
cartas no imaginário dos garotões, que às vezes se perdiam, como no caso dos
dois que se envolveram na morte da jovem Aída Curi, que se jogou ou foi jogada
do terraço de um prédio em Copacabana. Tudo isso é envolto, na encenação, em
referências da época como os jingles publicitários (Toddy, Casas Pernambucanas,
colírio Moura Brasil e outros), as peças marcantes (“Os sete gatinhos”, de
Nelson Rodrigues, e “Eles não usam black-tie”, de Gianfrancesco Guarnieri), as
vedetes do teatro de revista e, também, em objetos como rádio, TV, telefone,
enceradeira e máquina de escrever.
O diretor optou por utilizar pouco texto e
muitos recursos gestuais e visuais, evitando assim o didatismo. Mas as
histórias de 1958 estão no palco, costuradas por personagens como uma dona de
casa, uma fã de auditório de rádio e uma cantora de boate. “O espetáculo é
totalmente baseado na pesquisa do Joaquim. Será possível recuperar a memória de
1958 para os que viveram a época e despertar o interesse dos que não viveram”,
diz o Paes Leme.
A produtora, Andrea Veiga, comprou os
direitos de adaptação do livro há dois anos e correu atrás de patrocínio, até
encontrar a Light. Apesar de sua experiência em musicais, diz que está
atravessando um momento inédito em sua carreira. “Nunca tinha vivido um
processo desse tipo, com todos criando juntos a peça, e todos com funções
importantes. Está sendo maravilhoso”, afirma.
Com orientação do diretor musical, Marcelo
Alonso Neves, Andrea e o restante do elenco interpretam canções como “Meu mundo
caiu”, “Castigo”, “Só louco”, “Sábado em Copacabana” e “Beija-me”.
Joaquim Ferreira dos Santos deu liberdade
total para a adaptação do livro, que era, no início, um projeto sobre a morte
de Aída Curi. Ele diz ter percebido que o caso era “o grande bode de 1958, de
resto um ano felicíssimo”. “Mudei o livro e fiz um perfil de 1958, o ano da
bossa nova, da Copa do Mundo e da convivência pacífica entre gêneros culturais
opostos: a chanchada continuava em cartaz, mas o cinema novo começava a
produzir; o teatro ainda estava cheio de vedetes, mas começou a compartilhar a
cena com o Arena e o Oficina. Foi o ano em que o Brasil, com a revista
‘Manchete’ publicando as primeiras construções de Brasília, foi se despedindo
de seu passado rural e embicando para o que conhecemos hoje, um país moderno e
urbano”, diz o autor.
MÚSICAS
A TAÇA DO MUNDO É NOSSA (Wagner Maugeri /
Maugeri Sobrinho / Vitor Dagô / Lauro Müller) / AS ÁGUAS VÃO ROLAR (deve ser
domínio público) pout pourri / BEIJA-ME (Roberto Martins / Mario Rossi) /
CABECINHA NO OMBRO (Paulo Borges) / CACHITO (A. Bourguet / Consuelo Velazquez)
pout pourri / CASTIGO (Dolores Duran) /
CHEGA DE SAUDADE (Tom Jobim / Vinícius de Moraes) / DARLING (Fred Jorge) /
DIANA (Paul Anka / versão de Fred Jorge) / DIBLUE DI PINTO DIBLUE (Domênico
Modugno) mecânica / É LUXO SÓ (Ary Barroso / Luiz Peixoto) / MEU MUNDO CAIU
(Maysa) / MILORD (Edith Piaf) mecânica / SÁBADO EM COPACABANA (Carlos Guinle /
Dorival Caymmi) pout pourri / TULIPS FROM AMSTERDAN (Max Bygrave) mecânica
JINGLES
(AUTORIAS DESCONHECIDAS)
TODDY / SABONETE GESSY / COLÍRIOS MOURA
BRASIL / COCA COLA / CASAS PERNAMBUCANAS
FICHA
TÉCNICA
Inspirado na obra “Feliz 1958 – O ano que
não devia terminar”, de Joaquim Ferreira dos Santos
Roteiro e direção: André Paes Leme / Elenco:
Andrea Veiga, Bianca Byington, Daniela Fontan, Diego de Abreu, Leandro Castilho
e Matheus Lima / Músicos: Evelyne Garcia, Tiago Calderano e Leandro Vasques / Direção
de movimento: Márcia Rubim / Direção musical: Marcelo Alonso Neves / Direção de
Produção: Andréa Alves / Cenário: Carlos Alberto Nunes / Iluminação: Renato
Machado / Figurinos: Kika Lopes / Videografismo: Renato Vilarouca e Rico Vilarouca / Fotos: Silvana Marques/ Realização
nacional: Aveiga Produções e Sarau Agência de Cultura Brasileira / Produção em
Belo Horizonte: Rubim Produções / Realização em Belo Horizonte: SESIMINAS, Teatro
em Movimento, viabilizado com recursos do Instituto Unimed-BH e Itaú, por meio
da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Serviço:
“1958 – A Bossa do Mundo é Nossa”
Duração: 70 minutos
Classificação etária: 12 anos
Dias/Horários: 17 e 18 de maio, sábado às
20h e domingo às 19h
Local: Tetro SESIMINAS – Rua Padre Marinho,
60 – Santa Efigênia
Ingressos: Plateia I: R$ 60,00 / Plateia
II: 50,00 – meia entrada para maiores de 60 anos e para estudantes devidamente
identificados (conforme MP 2208/2001)
Informações: (31) 32417181 – www.teatroemmovimento.com.br –
www.teatrosesiminas.com.br
Informações
para a imprensa:
(31) 3261 1501 – Jozane Faleiro - (31) 92046367
Teatro
em Movimento
O projeto Teatro em Movimento, coordenado
pela Rubim Produções, de Tatyana Rubim, foi criado há 13 anos, com o objetivo
de descentralizar o acesso às grandes montagens do eixo Rio-São Paulo,
promovendo a circulação dos mesmos para outros Estados e também pequenas
cidades. Desde então, contabiliza 166 montagens, que somam mais de 498
apresentações, envolvendo cerca de 480 artistas, em 14 cidades, 27 teatros e
público superior a 350 mil pessoas.
Inicialmente, atuando em Minas Gerais e seu
entorno, o projeto trouxe à capital mineira e algumas cidades do interior,
espetáculos com peso nacional, tendo no elenco atores como Bibi Ferreira,
Thiago Lacerda, Vladimir Brichta, Cisa Guimarães, Mateus Solano, Glória
Menezes, Antônio Fagundes, Nicete Bruno, Paulo Goulart, Marco Nanini, Luana
Piovani, Lilia Cabral, Rodrigo Lombardi, Cláudia Raia, Marisa Orth, Renata
Sorrah e muitos outros. Dentre os
espetáculos, que o projeto deslocou para a capital mineira, estão “Hamlet”,
“Doidas e Santas”, “Esta Criança” e os premiados musicais “Gonzagão – a Lenda”,
“Bibi Ferreira – Histórias e Canções”, “Farsa da Boa Preguiça”, “Beatles Num
Céu de Diamantes”, “New York, New York”, etc.
O projeto também já atuou em diversos
Estados brasileiros, como São Luiz (MA), Vitória (ES) e Aracajú (SE). Em Minas Gerais, além de Belo Horizonte, o
projeto atua em Nova Lima, Betim e Araxá. Os resultados do projeto vão além da
inclusão das cidades na circulação das montagens. A iniciativa possibilita a
formação de um espectador mais crítico e de um público mais preparado e
habituado a lotar as salas dos teatros. A ideia é consolidar o hábito de ir ao
teatro e fomentar a cultura das artes cênicas, por isso os espetáculos
acontecem ao longo do ano e não concentrados em um curto período como nos
festivais. O teatro, sendo um agente de transformação social, é capaz de atuar
como um difusor de ideias e de cultura podendo ser usado como um instrumento de
comunicação. Para ratificar a potencialidade de transformação social e cultural
do teatro e colocar em prática os objetivos do projeto, o Teatro em Movimento
ainda promove, sempre que possível, oficinas gratuitas, palestras e workshops
para profissionais da área e interessados. Dessa forma, cria-se uma rede de
circulação de informação fortalecendo a possibilidade de sustentabilidade do
setor cultural.
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